Como Evitar a Violência Obstétrica
É muito importante denunciar estas práticas para não manter este ciclo de violência, sendo provável que outras mães sofram com a mesma situação. O profissional que praticou a violência deve ser responsabilizado.
Como Evitar a Violência Obstétrica

  1. Conheça seus direitos e compartilhe com seu acompanhante.

  2. Busque informações sobre parto humanizado e sem violência.

  3. Se possível, faça um curso para gestantes ou busque um grupo de apoio.

O que caracteriza a violência obstétrica

O Ministério da Saúde caracteriza a violência obstétrica como: 

  • Ser submetida a uma lavagem intestinal e/ou restrição de dieta;

  • Ser vítima de ameaças, gritos, chacotas, xingamentos e piadas;

  • Quando há omissão de informações, desconsideração dos padrões e valores culturais das gestantes e parturientes e divulgação pública de informações que possam insultar a mulher;

  • Quando a unidade de saúde não permite o acompanhante que a gestante escolher. O direito concedido pela Lei de nº. 8.080, garante às mamães a presença de um acompanhante durante o trabalho de parto e o pós-parto imediato;

  • Quando há realização da episiotomia (corte no períneo para ampliar o canal do parto) em situações em que não há sofrimento fetal;

  • Quando a mulher é submetida à manobra de Kristeller (caracterizada pela aplicação de pressão na parte superior do útero);

  • Quando a mulher não recebe medicamentos capazes de aliviar a dor ou é induzida ao trabalho de parto sem necessidade;

  • Negligências cometidas pela equipe de saúde, práticas discriminatórias e condutas exageradas e/ou desnecessárias também caracterizam a violência obstétrica.

Alguns dos relatos de mulheres que sofreram violência obstétrica:

Frases como:

 “Na hora que você estava fazendo, você não tava gritando desse jeito, né?”,

 “Se você continuar com essa frescura, eu não vou te atender” 

e “Cala a boca, senão vou te furar todinha.

Como denunciar a violência obstétrica

  O primeiro passo é anotar o CRM, em caso de médicos; ou COREM quando se tratar de enfermeiros ou técnicos de enfermagem. 

  A denúncia pode ser feita na própria unidade de saúde ou nas secretarias municipal, estadual ou distrital, nos conselhos de classe ou pelos Disque-Denúncia (180) ou Disque Saúde (156).

A maioria das mães sofrem caladas a violência obstétrica. 

É muito importante denunciar estas práticas para não manter este ciclo de violência, sendo provável que outras mães sofram com a mesma situação. O profissional que praticou a violência deve ser responsabilizado. 

Para que não haja dúvida, releia a lista de características da violência obstétrica, segundo o Ministério da Saúde.

Caso você ou alguma mulher próxima a você enfrente uma situação que se enquadre nas características de violência obstétrica ou tenha sofrido outras ações que também desrespeitam a autonomia da gestante, não deixe de denunciar, peça apoio para familiares ou outras pessoas de sua confiança.

Muitas Cesáreas Desnecessárias

De acordo com um levantamento realizado pela Fundação Perseu Abramo, uma em cada quatro mães foram vítimas da violência obstétrica em todo o território nacional.

De acordo com diretrizes da Organização Mundial de Saúde, somente 15% dos partos deveriam ser realizados pela prática cirúrgica. 

O Brasil é recordista de cesarianas:

Na rede pública, 55,5% dos bebês nascem de cesárea, segundo a Fundação Instituto Oswaldo Cruz (Fiocruz). Já na rede privada, o índice alcança assustadores 84%.

Alguns médicos indicam procedimentos desnecessários e de conduta abusiva, a Cesariana é um exemplo. Inclusive se aproveitam da falta de informação da Gestante e da própria condição como profissionais para indicar esta prática.

Para permitir que as gestantes tenham o direito a um parto humanizado o Ministério da Saúde criou a Rede Cegonha, um projeto que possui como principal propósito a garantia do planejamento reprodutivo e a atenção humanizada à gravidez.

A Rede cegonha visa eliminar as situações violentas e vexatórias durante o atendimento obstétrico. Uma de suas estratégias de atuação é a Caderneta da Gestante, que contém várias informações essenciais para uma gestação e um trabalho de parto saudável. Ela é entregue na primeira consulta do pré-natal para todas as mulheres grávidas que fazem uso do atendimento oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

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